20250615
Crato – 14 e 15 de junho de 2025
Sábado à Noite no Meu Fliperama
Crato, 14 de junho de 2025. (sábado)
São meia-noite e pouco. Hoje, no final da tarde, eu estava com muitas fichas no Meu Fliperama. Todas as vinte e quatro de metal e mais algumas anotadas como saldo. Isso não é bom. É melhor que haja poucas, para eu poder me incentivar a conseguir mais, fazendo tarefas e me premiando com mais fichas. Aí fui jogar. Gastei uma ficha jogando xadrez — mais pra frente explico melhor isso — e um monte jogando Street Fighter. Eu finalizava e começava de novo. Depois fui comer. Me bateu um sono pesado. Fui dormir.
Missa, Festa de Santo Antônio e Energia Pós-Luta
Eu estava acordando quando minha mãe gritou meu nome no meio da rua. Eu tinha dito a ela que ia para a missa. Isso me despertou de forma mais brusca do que eu gostaria. Mas, independente disso, consegui ir à missa. Com isso, foram três dias seguidos comungando. Eu queria ir para a festa de Santo Antônio em Barbalha, mas faltou verba. Tudo bem. Agora há pouco, li um pouco sobre Santo Antônio e os franciscanos em geral.
Contribua com minhas peregrinações:
Depois da missa, eu vim para casa me organizar para ir para o jiu-jitsu. Foi bom. Lutar cansa e lavar louça entedia. Mas aqui estou, com ainda um pouco de energia para escrever essas linhas. E espero conseguir jogar mais um pouco. Estou com trinta e uma fichas no momento.
Continuação do Fim de Semana
Sábado: Missas, Sono e Videogame
15 de junho de 2025. (domingo)
São quase sete da noite e estou digitando de novo. Vou continuar contando do sábado.
Joguei um bocadinho, acho que de meia-noite e dez até uma da manhã. Depois fui dormir.
Na manhã do sábado fui para a missa no Santuário Eucarístico de São Vicente. Eu queria ir para a missa de domingo logo no sábado, por isso, à noite fui para a missa do santuário mais uma vez. Eu contei como cinco dias seguidos comungando, mesmo que tenham sido duas comunhões em um dia só — contou como sábado e domingo.
Entre uma missa e outra eu dormi muito. O sábado foi assim: duas missas, muitas horas dormindo e algumas horas de videogame.
Domingo: Fórmula 1, Louça e Semana Passada
Já hoje, eu me dediquei a algumas tarefas domésticas. Lavar louça é entediante, mas quando você lava louça sabendo que tem um quimono no quintal esperando para ser lavado, fica mais entediante ainda. Mas deu certo.
Às três da tarde assisti à Fórmula 1. Depois comi alguma coisa e estou aqui — mais para contar a semana antes do fim de semana do que o sábado e domingo. Vamo lá.
Judô, Semana Santa e Redes Sociais
Crítica à Falta de Cultura Religiosa
Primeira coisa que eu tenho que falar é sobre o Mundial de Judô, o campeonato internacional mais importante do ano! Pois então. Minha história com esse mundial deste ano começou na Sexta-feira Santa. Eu estava muito focado em celebrar a Semana Santa. Mas, para não acumular conteúdo nas redes sociais mesmo em um dia de jejum, separei uns minutos para arrastar pra cima no meu aparelho de arrastar pra cima. E tive o desprazer de ver vários lutadores de judô postando fotos de seus treinos com a legenda: "Feriado!"
Tipo, eles fazem o que quiserem da merda da vida deles. Se eles acham interessante se gabar de morar em um país de maioria católica e não viver a cultura, é um direito deles. Como também é meu direito pegar abuso deles.
Uma Corredora em Oração
Enquanto eu arrastava para cima, irritado com esse povo que, se morasse no Japão, ia fingir que acredita que o imperador é sagrado, e que se morasse na Arábia Saudita ia fingir que jejua no ramadã, mas como mora no Brasil faz questão de caçoar do nosso costume católico — de apoiar um Estado laico onde somos maioria — como se fôssemos fracos ou irrelevantes só porque paramos com o mau hábito de queimar na fogueira quem pensa diferente da gente…
Mas no meio dessa arrastada irritada de quem estava com fome e cansado, por causa de jejum e procissões (Jesus mandou que a gente fingisse estar bem quando jejua — fingimos, mas não estamos), enquanto eu olhava os lutadores de judô sendo aculturados, passou uma corredora chamada Kus, com as mãos em oração, com a legenda: "Sexta-feira Santa."
Eu sou uma pessoa simples. A pessoa respeita minha religião e vira a prioridade das minhas redes sociais. Desde esse dia eu tenho passado bastante tempo vendo vídeos de atletismo. Ou fazendo contas como, por exemplo: quantos metros de distância uma pessoa que faz 100 metros em 11,7 segundos estaria quando a melhor corredora do ano até agora cruzasse em primeiro? A resposta é: a oito metros de distância.
Exame de Faixa e o Mundial de Judô
E o judô competitivo? Desde a Semana Santa que eu não assisti uma luta sequer. O povo lá do Café com Judô, se lesse esse texto, iria pensar: "Esse homem largou o judô." Porque para eles, judô é só competição. Mas não larguei não — muito pelo contrário. Estou vivendo um exame de faixa muito complicado, e vou assistir e escrever sobre o Mundial. Quando o exame de faixa terminar.
Futebol, Seleção Brasileira e Modo Estratégico
Não sei se vocês viram, mas antes de ser preso o presidente da CBF contratou um italiano para ser técnico da Seleção. Isso foi muito bom. Porque esse técnico está acostumado a trabalhar para dirigentes picaretas. Um presidente preso não é algo que vai o impressionar. Era isso que a Seleção precisava: um técnico que sabe trabalhar com bandidos. Agora há alguma esperança de não passarmos vergonha na Copa do Mundo de 2026.
Eu não assisti ao primeiro jogo do novo técnico porque foi na hora da aula de judô, mas assisti ao segundo desde os vinte minutos do primeiro tempo. E vi o gol do rapaz lá, melhor do mundo. A Seleção passou dois jogos sem tomar gol depois de muito tempo. Já é alguma coisa.
Futebol como Estudo
Eu não gosto de assistir jogo de futebol ao vivo porque é transmitido no modo fofoca. A câmera fica tentando enxergar as caretas que os jogadores que estão perto da bola estão fazendo e não mostram o jogo. Então vou assistir jogos da Seleção ao vivo, mas para fins de estudo só vou assistir jogos naquela câmera que eu chamo de estratégica — que mostra a metade do campo onde a bola está quase inteira.
Assisti ao primeiro tempo de Paris contra Milão pela final da Champions. O futebol europeu é muito burocrático. Você sente no time que está perdendo uma sensação de "vou ganhar meu salário igual perdendo ou ganhando, por isso não me importo." Mas apesar de ser tão entediante, pretendo assistir ao segundo tempo também — e talvez escrever mais algumas linhas sobre.
Hoje, um dos times que eu gosto, o Bayern de Munique, ganhou de dez a zero de um time da Nova Zelândia. Talvez eu dê uma olhada nesse campeonato também.
Chessmaster, SNES e Treino Mental
A Polêmica e a Memória
Outra coisa interessante que aconteceu começou com uma notícia desinteressante. Em dado momento, eu estava navegando na rede mundial de computadores, e alguém compartilhou uma notícia dizendo que um software chamado Chessmaster, rodando em um computador chamado Atari — ou seja, um computador da década de 1980 — tinha derrotado o Chat-não-sei-o-quê-PT no xadrez.
Ele compartilhou isso de maneira muito entusiasmada, como se fosse algo muito impressionante. Eu comentei:
"Um robô de jogar xadrez derrotou um robô de escrever texto no xadrez. Grande coisa."
Aí alguém veio me dizer:
"Não, porque ele se vende como algo que pode lhe ajudar em qualquer assunto."
Ao que eu respondi:
"Pois não compre."
Redescoberta do Chessmaster
Mas isso me fez pensar. Chessmaster era um software que eu usei até 2013. Ele foi muito importante na época em que eu fiz um processo seletivo para trabalhar no IBGE e comecei o sofrimento para passar no exame da OAB. Eu começava minhas jornadas de estudo jogando xadrez contra esse software, em níveis de desafio variados. Só que ele terminou sendo descontinuado, e o que eu tinha (ou tenho ainda) não funciona mais nos computadores de hoje.
Aí eu comprei um chamado Fritz. Acontece que os softwares de computador moderno têm o mau hábito de fazer o computador esquentar. O pessoal que só ouviu falar de IA agora não sabe, mas se tem um bicho que gasta computador é IA de jogar xadrez. Principalmente as mais recentes. Você pode ter o melhor computador da Zenir, na hora que você ligar o bicho, ele vai usar toda a capacidade e ainda vai ficar achando ruim e querendo mais.
Claro, existem soluções: rodar com força limitada, ou a mais comum — rodar no computador de uma empresa, mas acessando pela internet. O maior problema mesmo é que eu não gosto dos softwares atuais. Eles são artificiais demais. Não sei se vocês conseguem entender. O Chessmaster era como jogar com um amigo que joga esquisito. Esses de hoje, é como jogar com um robô chato. Mesmo quando ele se esforça para errar pra ficar no seu nível, são erros chatos.
O SNES e o Reencontro
Mas aí a notícia me fez pensar: se existe uma versão do Chessmaster para o Atari, deve haver para outras plataformas. Vou investigar. Então descobri que existe uma versão de 1991 para SNES.
O SNES, ou sem abreviar Super Nintendo Entertainment System, tem sido a grande ferramenta para treinar luta no meio digital. Tudo que você faz na vida envolve primariamente o seu cérebro. Então, mesmo quando você não pode treinar o corpo com tudo, você ainda pode treinar seu cérebro — e isso ainda vai gerar um resultado quando você for lutar com o corpo inteiro.
Antes de ouvir a notícia, eu estava treinando principalmente com Megaman X4 e Street Fighter Alpha 2, que ainda são os mais importantes. Mas depois dessa notícia, comecei a jogar xadrez contra o Chessmaster.
Descobrir a ferramenta foi muito emocionante. Porque eu baixei e abri com meu computador emulando o antigo SNES. Aí aparece o velho símbolo do jogo, e você aperta Start e vai para o tabuleiro de xadrez. Tudo que aparece na tela é o tabuleiro, o cronômetro e mais nada. Mas aí fui apertando os botões. Na hora que eu apertei Select, abriu-se o menu de opções, e ao ver aquilo comecei a chorar. Imagine reencontrar um grande amigo que você não via há treze anos. Foi exatamente isso que aconteceu.
Integração ao Meu Fliperama
Colocar esse software dentro do meu sistema de treino, o Meu Fliperama, foi automático. Cinco minutos de jogo custam meia ficha de metal. Ele entrou no meio dos outros softwares como uma luva que calça uma mão perfeitamente.
Eu contei para o Chat-não-sei-o-quê-PT essa história. E ele está configurado para comentar o que você falou, mas quase sempre dá uma dica. Aí terminou me dando a dica de baixar um software de xadrez japonês, porque saíram vários para o Super Famicom — que é o mesmo SNES, só que com uma entrada de cartucho diferente.
Aí eu expliquei para ele que eu jogo xadrez desde os sete anos de idade. Um amigo me ensinou com um tabuleiro de damas e peças de papel com símbolos escritos à mão. Depois colocaram tabuleiros com peças de plástico na nossa escola. Dia 25 de dezembro de 1994 eu ganhei um tabuleiro com peças de madeira. Mas xadrez japonês eu nem sei para onde vai.
Encerramento
É isso. Na Fórmula 1, a Mercedes ganhou a primeira corrida do ano, e eu tenho pela frente mais uma semana de exame de faixa.
Até.
Pix: diegosergioadv@gmail.com
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