2024 09 28
Crato, 20 de setembro de 2024. (sexta)
Hoje foi um dia diferenciado. Nem tem como contar como foi.
Crato, 21 de setembro de 2024. (sábado)
E hoje foi melhor que ontem. Ha. Ha.
Crato, 23 de setembro de 2024. (segunda)
Ontem eu estava tão cansado. Assisti à Fórmula 1 de manhã. À noite fui para a missa. Depois estava cochilando em pé. Já deitado antes de dormir gravei um storie mas não consegui escrever.
Antes de amanhecer eu fui para o computador digitar um texto elaborado sobre a Copa Samurai, quando terminei de publicar há muito já tinha amanhecido. Gostei do resultado.
Hoje continuei cansado mas menos. Fui buscar uma porta para tentar abrir uma saída para o quintal na minha casa. Era uma porta de metal bem pesada. Fui para o SESC com intenção de comemorar a medalha com os colegas de lá, mas estavam sem clima. O professor não foi dar aula porque morreu alguém, as aulas foram dadas por um substituto. Eu não aguentava treinar mas levei o judô gi.
Tinha uma colega sem, por algum motivo que não entendi bem. Eu entreguei o meu. Mas ficou muito grande. Ela começou sem mas antes da aula terminar alguém veio trazer.
Crato, 24 de setembro de 2024. (terça)
Ainda cansado. Trabalhei e à noite, fui para a aula de judô. Lutei me arrastando. Poucas pessoas foram hoje. Mas as duas meninas que fizeram pódio na iniciante sábado estavam lá e lutaram uma contra a outra inclusive.
Vitória concluiu a participação em Recife. Acho que ainda ganhou uma luta.
Crato, 25 de setembro de 2024. (quarta)
No dia 20 de setembro, sexta-feira, foi o dia da pesagem. Pela manhã eu fui fazer um exame de sangue e hoje peguei o resultado.
Digitei tudo para o Chat Não Sei O que PT e por ter sido feito no final de duas semanas de treinamento e dieta para perda de peso saíram alguns resultados esquisitos. Vai ser preciso fazer novamente. Marquei para mostrar o exame à médica para novembro apenas. E comecei a me preparar para o exame da esteira.
Crato, 26 de setembro de 2024. (quinta)
Hoje não tomei café.
Crato, 28 de setembro. (sábado)
São meia noite e quinze. Estou animado a várias horas e fazendo várias coisas mas só agora comecei a digitar.
Vou tentar relembrar os dias passados que não consegui digitar por um motivo ou por outro.
Começando pela sexta-feira dia 20. Foi o dia da pesagem da Copa Samurai e pela manhã eu fiz um exame de sangue. Eu estava sem forças para quase nada antes de quebrar o jejum, depois que comi a perspectiva de lutar no dia seguinte me animou bastante.
Sábado eu já contei um bocado no meu mais recente texto elaborado. Mas o que não falei foi que eu senti tanta alegria, tanta, que a noite começou uma espécie de ressaca. Eu estava feliz, porque a felicidade está além de hormônios, mas claramente os hormônios da alegria tinha se gastado como se eu tivesse tomado um porre. Foi uma sensação inusitada.
Na segunda eu estava muito cansado e ainda incapaz de me alegrar.
Na terça comecei a me recuperar e fui treinar, mas não rendi.
Na quarta recebi o exame de sangue, fiquei digitando no Chat Não Sei o Que PT, descobri que alguns resultados não saíram bons porque tinha sido feito no dia da pesagem. Logo depois de almoçar fui para o posto de saúde para marcar o dia de mostrar os exames a médica. Cheguei na hora do almoço deles. Fui passar um tempo no supermercado, quando voltei marquei a consulta para novembro.
Na quinta por recomendação do Chat Não Sei o Que PT eu passei o dia sem tomar café, e não sei porque passei o dia com sono.
A noite fui sonolento para a aula de judô, mas fiquei sentado olhando. Além do sono, eu precisava descansar para o teste ergométrico no dia seguinte.
Na sexta eu fui às oito horas na Secretaria de Saúde marcar um procedimento dentário. Tinha quatro pessoas na minha frente. Inclusive uma mulher mentirosa dizendo que estava esperando dois anos para marcar um procedimento. Que abuso que eu tenho de gente mentirosa. Se fosse verdade ela tinha que reclamar com alguém com poder para resolver não na droga da fila para gente que não tinha interesse nem um na vida dela.
Estou sendo amargo né? Mas minha sensação na hora foi essa. Eu estava lá sem café, preocupado com um exame que eu nunca tinha feito antes e que disseram que era horrível. Infelizmente ela era a quarta da fila logo na minha frente. Mas ela entrou e nos livrou de suas reclamações inverossímeis. Depois marquei meu procedimento. Tive de esperar uma semana. Porque aquela infeliz teve que esperar dois anos, eu não consigo entender.
Às dez e meia eu estava lá na clínica que constava no meu documento. E estava trancada, com cadeados. Eu fiquei maluco. Comecei a gritar. Uma mulher saiu e perguntou o que eu queria. Eu disse que tinha hora marcada. Ela perguntou meu nome e entrou. Depois veio abrir o cadeado, o sol estava forte.
Então ela explicou que tinha me ligado no dia anterior para remarcar para a tarde em outra clínica. A vida agora está assim. Ninguém se sente mais na obrigação de cumprir compromisso nem um porque acha que todo mundo é viciado em telefone e fica 24 horas perto do seu, atendendo desesperadamente qualquer ligação.
Vou continuar deixando meu telefone desligado dentro de uma gaveta sempre que não estiver com vontade de usar. Não vou virar escravo de telefone nem de aparelho nem um.
Enfim. Pulado algumas horas de chateação, às três e meia eu estava na outra clínica. Tinha duas pessoas na minha frente que estavam com roupa de exercício, assim como eu, mas não pareciam atletas.
Depois que chegamos e esperamos um pouco chegou um senhor de sapato e calça e entrou na frente, por ser o único idoso. Ele fez o exame assim mesmo e já saiu com o resultado. E ele não estava nem suado.
Aí entrou a pessoa que era a primeira da fila, demorou mais de vinte minutos ela saiu banhada de suor e disse que tinha sido horrível e que ela quase tinha morrido lá dentro. A enfermeira pediu para por favor não assustar os outros.
Não me assustou, eu estava preocupado porque queria que o exame desse certo, uma esteira não me assusta.
O segundo entrou e saiu logo depois. A enfermeira falou comigo, entre que ele foi reprovado. Depois disse que na verdade ele não pode fazer porque faltou algum documento.
Quando entrei fiquei perguntando a enfermeira sobre corrida. Ela disse, “meu filho você não vai precisar correr.” Mas o médico disse.
"Ele vai fazer o que ele faz no dia a dia dele, se ele corre ele vai correr, você corre?"
Eu disse, três quilômetros por dia, seis dias por semana. Um quilômetro de cada vez, intercalando com outros tipos de exercícios.
Aí ele perguntou em quanto tempo eu corria um quilômetro e eu respondi que demorava bastante, entre três e quatro minutos.
Aí ele configurou a esteira com base nessas informações.
Foram quatro minutos caminhando, depois dois correndo. Ele perguntou se eu estava cansado, eu disse que muito pouco, e que aguentava mais, ele disse pois continue. Quando completei oito minutos de esteira ele disse, seu coração chegou ao limite como dizemos, corra mais um minuto depois eu encerro o exame.
Depois de nove minutos de esteira, sendo cinco correndo, ele encerrou o exame mas retornou a esteira para a velocidade de caminhada. Me deixou três minutos caminhando antes de parar.
Antes de começar, a minha pressão estava em 12/7. Quando comecei a caminhar, subiu para 13/8. Depois de sete minutos na esteira e quatro correndo, chegou a 17/8 e ficou assim por uns dois minutos. Depois voltou a 13/8. E depois que eu parei 12/7 de novo.
A pressão ficava o tempo todo aparecendo na tela. Eu estava de óculos, eu sempre corro de óculos. Também aparecia os batimentos por minutos e outras informações que eu não peguei, eu só ficava olhando o cronômetro e a pressão.
Ele, o médico, mesmo com a pressão aparecendo no computador ficava medindo minha pressão com o medidor no meu braço e o estetoscópio.
Depois que terminei de correr só precisei esperar uns minutos e saí já com o resultado. Antes de sair ele me disse que o exame foi um sucesso e que meu resultado foi acima do esperado para minha idade.
Algumas questões. Grande parte da minha inquietação era por todos os funcionários me dizerem que eu só ia caminhar na esteira, o que não fazia sentido para mim. Mas elas estavam desinformadas. Atletas precisam correr quando fazem esse exame, pessoas que não são atletas não precisam. Aparentemente atletas raramente fazem esse exame para os envolvidos não saberem disso.
Pessoas com graves problemas cardíacos só precisam andar um pouquinho e já chegam ao limite do coração. Pessoas com menos problemas precisam andar mais e já pensam que vão morrer.
Um atleta como eu que só corre para treinar resistência para outra modalidade que não envolve corrida só precisa correr um pouquinho. Um maratonista vai ter que correr muito para elevar o coração ao máximo.
No fim foi uma experiência muito boa. Fiquei com vontade de continuar treinando para manter meu coração funcionando bem. Pessoas que não são atletas acham que vão morrer porque levaram o coração ao máximo mas quem treina quase todo dia leva o coração ao máximo quase todo dia. Não é um suplício.
E o melhor foi voltar a tomar café. Estou aqui uma hora da manhã sem um pingo de sono. Para que melhor?
Até.
Sobre meus três anos de aula de judô.
Para a celebração poder acontecer várias coisas precisam dar certo. Eu preciso passar no exame de faixa que vou fazer em breve, eu preciso conseguir lutar no cearense e na copa Samurai e eu não posso estar doente e nem machucado. E para os leitores receberem a revista, obviamente ela precisa estar pronta.
Qualquer um de vocês pode me ajudar com a revista, me mandando textos, fotos ou desenhos. Só falar comigo por e-mail ou outro meio.
Meu plano é ensinar sobre esporte e guerra através do xadrez e do judô.
Pix, Paypal e e-mail: diegosergioadv@gmail.com
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